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Os 3 pilares da origem de todos os problemas dos negócios

  • Foto do escritor: Joel Birkman
    Joel Birkman
  • 20 de mai.
  • 3 min de leitura

Sempre que comecei em um novo trabalho, era recepcionado com a clássica frase:

“Aqui os problemas são diferentes.”

E logo vinham as justificativas:

A estrutura é muito antiga.

O setor é muito específico.

Temos uma cultura única.

O time é bom, mas falta mão de obra.

O mercado está difícil.


Sim, cada empresa tem seus próprios desafios. Mas depois de passar por diferentes segmentos, tamanhos de operação e estágios de maturidade empresarial, um padrão ficou claro pra mim:


Os problemas podem até mudar de roupa, mas quase sempre nascem no mesmo lugar.


Se você olhar com lupa, a raiz está sempre conectada a um (ou mais) dos três pilares fundamentais de qualquer negócio:





1. Pessoas – Sem direção, talento vira desperdício



Gosto de dizer que não existe empresa de sucesso com gente mal gerida. E não estou falando só de liderança ruim — mas de empresas que não sabem aproveitar o melhor do seu capital humano.


Já vi times altamente técnicos, mas desmotivados. Ou muito engajados, mas despreparados. Equipes que operam no piloto automático, sem entender o impacto do seu trabalho no todo. Ou que vivem no caos, pulando de tarefa em tarefa sem clareza de prioridade.


Algumas disfunções comuns nesse pilar:


  • Falta de clareza de papéis: ninguém sabe exatamente quem é responsável por quê.

  • Falta de autonomia real: líderes centralizadores que engarrafam decisões.

  • Falta de gestão de desempenho: ninguém sabe o que é “fazer bem feito”.

  • Falta de reconhecimento ou perspectiva de crescimento.


Como resolver?


  • Faça um mapeamento de funções com foco em clareza e propósito.

  • Treine lideranças para desenvolver pessoas, não apenas controlar.

  • Implemente rituais simples de feedback, metas claras e checkpoints.

  • Traga a estratégia para perto do time — as pessoas precisam entender onde estão e onde podem chegar.



2. Processos – Sem padrão, o caos é inevitável

Processo é o fio invisível que costura a operação. Quando ele é claro, documentado e repetível, o negócio flui. Quando não é, os problemas se acumulam como uma bola de neve.


Você já deve ter visto isso:


  • Um cliente recebe duas respostas diferentes para a mesma dúvida.

  • Um pedido atrasa porque “ninguém sabia que era com ele”.

  • Um analista gasta 3 dias organizando dados que deveriam sair de um clique.

  • Um problema se repete toda semana, mas ninguém parou para entender o porquê.


Isso acontece porque, na prática, não existe um processo — só uma sequência aleatória de tarefas.


Como melhorar?


  • Comece mapeando os fluxos mais críticos (ex: onboarding de cliente, aprovação de pedidos, contratação de novos colaboradores).

  • Identifique os gargalos, as retrabalhos e os pontos de espera.

  • Padronize o que for necessário, automatize o que for possível e elimine o que não gera valor.

  • Mas atenção: processo não é engessar. É criar clareza e eficiência com flexibilidade.


E lembre-se: se o processo só existe na cabeça de alguém, ele não existe de verdade.



3. Estrutura – A engrenagem que sustenta (ou derruba) tudo


Estrutura é um daqueles temas invisíveis até que dá problema. Você só percebe que está ruim quando começa a sentir:


  • Atrasos na tomada de decisão.

  • Falta de visibilidade sobre o negócio.

  • Times sobrepostos ou isolados.

  • Recursos mal distribuídos.

  • Sistemas que não se conversam.


Já vi empresas com ótimo time e bons processos, mas uma estrutura que mais atrapalha do que ajuda. Às vezes, é o organograma engessado. Outras vezes, é a ausência de uma estrutura de indicadores que guie a gestão. Em muitos casos, é uma arquitetura de sistemas mal pensada, que trava o crescimento.


Como fortalecer esse pilar?


  • Desenhe estruturas que favoreçam a colaboração entre áreas.

  • Crie canais formais de comunicação e decisão.

  • Garanta que os sistemas sejam aliados do negócio — e não obstáculos.

  • Monitore os resultados com indicadores que façam sentido para o estágio da empresa (sem inventar dashboards só pra enfeitar).


A estrutura ideal é aquela que torna o caminho mais leve, sem burocracia desnecessária e com alinhamento estratégico.



No fim das contas, o básico é o que sustenta o extraordinário


Todo diagnóstico profundo que fiz ao longo da carreira me levou de volta a esses três pilares: Pessoas, Processos e Estrutura. E a maioria das “soluções criativas” que surgem em momentos de crise (troca de liderança, lançamento de um novo sistema, criação de um comitê, etc.) só funcionam se esses fundamentos estiverem bem cuidados.


Se você sente que a empresa está estagnada, se o time está sobrecarregado ou se os resultados não aparecem com consistência, faça uma pergunta simples:


“Como estão meus três pilares?”

Porque antes de buscar respostas mirabolantes lá fora, talvez a solução esteja dentro — nos fundamentos.


E você? Qual desses pilares está mais fragilizado hoje no seu contexto?


Fale conosco e vamos analisar como estão os pilares da sua empresa?





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